Conselho

Já há algum tempo eu tinha alguma coisa contra o ditado “se conselho fosse bom ninguém dava, vendia”. Agora eu tenho certeza. Ele não é verdadeiro.

Se conselho não fosse bom, a gente não pedia, não buscava. Não conversaríamos com pessoas de nossa confiança. Não pagaríamos consultas nem procuraríamos instituições de auxílio. Talvez nem assistiríamos à previsão do tempo.

Bom, alguém poderia dizer que, em geral, pessoas e lugares não dão conselhos, apenas nos ajudam em decisões que são pessoais. Verdade. Mas também engano. Quando você vai falar com um amigo e ele diz ”pode falar que eu te ouço”, taí, um conselho. Quando você ouve “é você quem deve decidir”, opa, outro conselho. Quando absorve o relato de vida de alguém que passou pelo que você está passando, torna-se um conselho para a sua.

E você não reclama. Nem eu. Claro, nós adoramos conselhos. Auxílio. Uma luz, uma indicativa. A experiência de quem pode nos transmitir algo de bom. Relatos que podem nos ajudar. Não os do tipo “eu, se fosse você, ...”, porque ninguém nunca vai ser. Mas os recados e apoio de pessoas que querem nosso bem, gente que pode mesmo nos ajudar, estes não rejeitamos. Abraçamos com todo o nosso ser.

Por isso que a Bíblia também os tem. “Entregue seu caminho ao Senhor, confie nele, e o mais Ele fará”. Jesus aconselhou: ” Venha a mim, vocês que estão cansados de carregar suas pesadas cargas. Eu lhes darei descanso”. Conselho é bom e tem que dê de graça, sim.

Quer um? Aproveite. Se conselho não fosse bom, perderia a clientela. E os melhores são os sem preço. Os que não vendemos de jeito nenhum.

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