Moldados

Li a história de uma mulher que certo dia comprou um lindo vaso. Levou-o para casa e ficou tão contente com a compra que o admirava todo dia. Era sua peça preferida, incomparável. Não cansava de admirá-lo, até mesmo chegava a conversar com ele. “Que bom que te encontrei. Você é o que tenho de mais lindo!”

Num dos dias em que o segurava nas mãos, sentada no sofá diante da TV, ela adormeceu. E aconteceu que ela sonhou, e no sonho o vaso falou com ela. E disse:
“Sabe, estou cansado de você me dizer o quão lindo eu sou. Eu não era assim. No passado eu fui nada mais do que um monte de barro, até que o oleiro veio e me levou consigo. Não entendi muito bem quando ele me bateu, e começou a me moldar. Não entendi também quando ele me colocou no forno mais quente do que você pode imaginar. Não conseguia imaginar porque me tirou de lá, me coloriu e então colocou de volta. Mas sabe, eu aprendi a agradecer ao oleiro porque, se ele não tivesse me moldado, eu seria totalmente sem forma e sentido,. Se ele não tivesse me colocado no forno, eu não teria estrutura. Se ele não tivesse colocado tinta em mim, eu não teria cor. Se ele não tivesse me colocado outra vez no forno, talvez eu teria me quebrado.
Portanto, dê graças a ele a ele por eu ser quem sou”.


Seja quando a vida parece se quebrar, ou quando o calor da aflição parece ser insuportável. Quando não entendemos as cores da dor e da tribulação, ou quando estamos no forno da opressão. Em tudo podemos sempre agradecer ao nosso Oleiro, que nos molda pela fé.

É graças a Ele que nossa vida tem forma, cor, sentido e sustentação.



Fonte da ilustração

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