Completa

Imagine uma nova estrada que ligue Curitiba a São Paulo. Bem feita, ampla, impecável. Você está no Paraná e precisa ir à capital paulista. Então, escolhe seguir por ela, pois, além de nova, encurtou o caminho em vários quilômetros.

Ao entrar na rodovia, pergunta a um dos funcionários:
-Posso seguir viagem?
-Pode sim – vem a resposta.-A estrada está perfeitinha, novinha em folha.
-Certo, muito obrigado!
-Ah, mas só tem uma coisa: os últimos 30 quilômetros ainda não estão prontos, não foram liberados para tráfego. Mas o resto está tranquilo, pode seguir.

É claro que você não mais seguiria em frente. Uma estrada só tem utilidade quando completa. De nada adianta percorremos 500, 800, 1000 quilômetros e nos últimos 30, ou menos, não podermos mais atingir nosso destino.

Talvez alguns dos nossos problemas estejam em ‘estradas não completas’. Falta de esforço em ser mais completo, construir até o fim, e manter a via aberta ao diálogo e construção. O que pode fazer todo um esforço ficar caído no chão. São as estradas completas que permitem a comunicação de idéias, sentimentos e princípios com livre trânsito entre os corações.

Isto reforça a certeza de que precisamos do Caminho. Pois, nenhuma via que o ser humano constrói é completa em si mesmo, por maior que seja o esforço. Nem uma só. Para chegar aonde precisamos, a estrada foi construída por Jesus Cristo. Aliás, é Ele próprio Caminho. Completo, prefeito. Não há decepção, nem frustração. Andando com Ele e por Ele, sabemos que a estrada, além de impecável, nos leva direto para os braços do Pai. E nos move na direção do outro, com uma vontade imensa de tentar, fazer esforço, acertar.

Sem dirigir em vão. E sempre dirigidos por Sua mão.

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