Luta pacífica

Todos sabemos que não é fácil. Aturar quem está disposto a simplesmente...errar.

Trabalha da forma quer, pensa no que lhe é próprio, externando o que não é verdadeiro, pelo prazer de fazer o errado. E então tentar transmitir a ideia de que tudo está certo. Não é fácil. Não é fácil aturar o tirano de calças curtas, o santo de moral quebrada. Constroi idéias; utiliza o ditado “onde há fumaça, há fogo...”; e está pronta, então, a maneira mais óbvia e fácil de incendiar a vida de alguém e de fugir do compromisso com a honestidade e seriedade.

Não é fácil. Mas este é o mundo. Nem pra Jesus foi.

A pessoa mais perfeita que a pisou a terra foi morta da maneira mais baixa do seu tempo. Aquele que só fez o bem foi caluniado e atingido com o mal. Estendeu e curou a mão e, em troca, recebeu dos ‘santos’ e ‘corretos’ de sua época cuspe, coroa de espinhos e cruz. A quaresma, período em que vivemos até a Semana Santa, relembra o quanto para Ele dar uma nova chance à humanidade não foi fácil. Por isso, grande e o valor de Sua obra. Grande o valor da fé. E grande é o Deus que nos sustenta, conforta e convida a seguir resistir à fumaça e o fogo do maligno e confiar inteiramente na água de sua Palavra, que, transbordante, alimenta o coração. Não é fácil, nem será. A luta da verdade neste mundo nunca terá trégua.

Paradoxalmente, é uma luta pacifica, buscando compreender as faltas, acolher o que está errado, falando do perdão que tira das trevas para a maravilhosa Luz. Já que, no fim, o que não é fácil mesmo é estar do lado errado, na escuridão. Pois Deus, pelo seu Espírito Santo, age sempre, por meio da fé, na Verdade que liberta, estando de um lado só.

E todos sabemos que lado é.

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