Ser aceito


Quanto se paga para ser aceito na universidade dos sonhos? Para ter as férias desejadas, pertencer a um clube seleto? Quanto se paga para adquirir a roupa perfeita, sapato ideal? Que preço tem a aceitação, a integração, a valorização dentro da sociedade humana?

Estamos acostumados a pagar para sermos aceitos. Em clubes, em festas, em grupos. Em eventos, em reuniões. Às vezes até em Igrejas. Gasta-se muito para ter a roupa, o tênis, o acessório, o carro, a casa, o objeto, a pessoa, enfim...aquilo que tornará alguém integrante do grupo ao qual se atribui valor. Para ser recebido, acolhido, aceito, muitas vezes o ser humano está disposto a pagar qualquer preço.

Mas somente uma aceitação realmente define nosso valor exato, real e duradouro. Quanto você pagaria por ela?

Esqueça os cálculos. Não precisa e não há como pagar. Esta aceitação é de graça.

Possivelmente, por isso nem sempre é tão valorizada. Se é de graça, então talvez não seja tão legal. E talvez por isso que existam “pedágios” em instituições religiosas que não entenderam que oferta não é compra de favores ou aceitação, mas resposta a ela -  gratidão. Se para sermos aceitos precisamos pagar, ainda não entendemos o que significa aceitação.

Deus nos aceita sem preço nenhum, pois o valor, altíssimo, foi pago por Seu Filho com o próprio sangue. Ou seja: a aceitação de Deus é um presente, recebido em fé. Tudo que podemos fazer é agradecer a este Pai de amor por este dom que nos dá acesso à nossa identidade de filhos: E procurar viver de acordo com esta filiação.

Podemos, ainda, dizer não a todo tipo de aceitação condicionada à aparência, efemeridade ou situação. Temos algo muito mais valioso. Precioso. E sem prazo de validade. Somos aceitos.

Sem preço. E com valor impossível de calcular.




Rev. Lucas André Albrecht

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