Sem volta

Mais de 100 mil pessoas já se inscreveram. Um projeto novo, diferente, inovador. Uma viagem para Marte. Serão 24 pessoas selecionadas para a missão de iniciar uma colonização no planeta vermelho. Talvez muito de nós acharíamos fantástica esta oportunidade..

Só tem um detalhe: é uma viagem sem volta.

Quem pagar os cerca de 40 dólares pela inscrição e, depois dos testes, for selecionado, sabe que está partindo para nunca mais voltar.

Por que mais de 100 mil pessoas estão querendo simplesmente ir embora da Terra? Será que viver em outro lugar pode ser mais promissor, mais estimulante, mais feliz? Ou, por ouro lado, seriam pessoas que “perderam a fé na humanidade’ e querem tentar começar de novo em outro lugar?

Se a segunda opção for verdadeira, é um tanto hipócrita. Afinal, todos fazemos parte da humanidade. Ou será que nos julgamos tão bons a ponto de achar que poderíamos ir para outro lugar e lá sim, como nossa moral superior, melhor do que a dos outros, construir um lugar melhor?

Se for a primeira é a opção, não deixa de ser irônico. Pois existe uma viagem só de ida, gratuita e para um lugar melhor - perfeito, na verdade!-,  que está ao alcance de toda a humanidade. No entanto, o interesse por ela decresce a cada dia. Trata-se da viagem para a para a eternidade. Vivendo com aquele que pagou com seu próprio sangue o embarque – Jesus Cristo -,  o destino não é um novo planeta ou sistema, mas um novo mundo, preparado por Ele para vivermos eternamente. Sem volta.

Mas talvez, no fim, esta história da viagem sem volta a Marte seja apenas curiosidade, interesse em explorar algo novo, contribuir com a ciência. Pode ser.

Mesmo assim, continua sendo uma pena. É só olharmos para nossa Terra cheia de pessoas precisando de investimento, cuidado, carinho e da Boa Nova para vermos que não é preciso ir para longe para contribuir com uma humanidade melhor. Basta olhar para o lado.


Não por curiosidade. Por amor.


Rev. Lucas André Albrecht

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