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Mostrando postagens de junho, 2014

Mordidas

O atacante de uma seleção nacional dá uma mordida num adversário, em rede mundial. Algo que não é tolerado nem no jardim de infância. Então, a apresentadora de um programa de TV noturno comenta: "Seria uma pena ele ser punido, a Copa perderia um craque". Mais adiante, diz que concorda com o jogador, quando, em entrevista pós-jogo, desculpou-se. "Na  cancha, vale tudo." Vamos ao  replay: u m jogador de futebol comete um ato não apenas ridículo e estúpido para um profissional, como também desleal e passível de severa punição. No entanto, ‘seria uma pena’ se a punição justa acontecesse, porque ele, supostamente, é um bom profissional no que faz. E se ele tivesse jogando lixo na rua, sido não tão ‘queridinho’ com animais, furado fila, não devolvido troco, estacionado em local proibido ou vaga para deficientes, feito fila dupla, sonegado imposto para sobreviver, e outras tantas mordidas que vemos (ou até praticamos nós mesmos)... Aí, seria uma pena puni-lo també

Hora certa

Se há um relógio aí onde você está agora, olhe para ele e me diga: dá pra saber se ele está adiantado ou atrasado? Ou, até mesmo, se parou? Acredito que sim. Mas a esta conclusão você não conseguiria chegar somente olhando para o relógio. Se ele está marcando 3 da tarde, mas o sol já está se pôs, é certo que parou. Ou, no mínimo, atrasou. Se ele está perto das 9, mas o sol está no meio do céu, também não está marcando a hora certa. O que está ao redor dele orienta a conclusão a respeito de sua precisão. Tanto que, se você acordar em um quarto escuro, ligar a luz e olhar para um relógio na parede, não conseguirá saber se ele está marcando a hora certa. Precisará de outros ingredientes para chegar a esta conclusão. Precisará de contexto. As pessoas não são relógios. Mas contexto, para elas, também é fundamental. Olhamos para determinada situação, pessoa, atitude, e já queremos descrever com precisão o que está acontecendo.Já temos a resposta pronta par a julgar o que

Momento Feliz

Algumas semanas arás, uma moça do Texas, Courtney Ann Sanford, postou selfies e um pequeno texto em seu perfil do Facebook às 8 33 da manhã. Às 8:34, equipes de resgate foram acionadas. Ela havia se acidentado e veio a falecer. Conclusão: estava tirando fotos e postando enquanto dirigia. Perdeu o controle do veiculo e, infelizmente, aquele foi seu ultimo minuto de vida. E qual  o conteúdo do post? Ironicamente, ela dizia que aquele era um momento feliz de sua vida. Provavelmente era mesmo. Mas pela imprudência e falta de atenção, acabou também sendo o último. É mais um caso onde a tecnologia, literalmente, pode matar. O uso responsável dela nos traz muitos benefícios. Mas quando utilizamos qualquer ferramenta, e não apenas o celular. sem a prudência devida, os resultados podem ser ruins. Neste caso, até mesmo trágico. Mas mesmo quando não há morte física, podemos matar sentimentos, alegrias, relacionamentos... Em vez de os toques serem sinal de vida, acaba sendo raivosos, em teclados v

Cultos Toque de Vida

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