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Mostrando postagens de outubro, 2015

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Minuto Toque de Vida, da Ulbra TV.

Ofendido

De certa forma, vivemos a era da indústria dos ofendidos.   Duas áreas podem ser utilizadas como ilustração deste fato. Uma delas, o politicamente correto. Se você não usar a palavra eleita para designar tal pessoa/conceito/lugar/escolha, está estabelecida a ofensa. Mesmo que, constantemente, as palavras mudem, ou seja, aquela que hoje é a correta, amanhã, já ofende. Outra, a expressão de ensinos bíblicos. Especialmente, nos temas mais polêmicos. Afirmar o que se crê e confessa ofende e agride sensibilidades e visões, nem sempre com contrapontos    e alternativas lógicas para as propostas enunciadas. Estou ofendido. E isto basta.   A indústria da ofensa tem crescido, em grande parte, porque ofender-se dá poder, gera representatividade. Ofender-se ajuda a vencer a discussão, já que, via de regra, tem ficado comum pensarmos mais por meio de emoções do que por palavras e construções lógicas. Então, qualquer palavra que toque uma corda sensível “ofende”, e a discussão continua som

Proporção

Diante de escândalos, muitas vezes a defesa do indefensável volta com força. Ouve-se, por exemplo: "Tudo bem, fulanos roubaram milhões/bilhões/cometeram crimes graves/subornaram/mataram, etc... Mas se você(não devolve troco/desperdiça água/ não pede recibo/pega um real/avança em sinal vermelho/tira o pirulito de uma criança/esconde a dentadura da sua tia/) você é igual a eles. Você não tem moral." Mas não pode ser assim. Precisamos, constantemente, de recuperar e manter nosso senso de proporção. Se não, começaremos a ouvir coisas como esta: -Eu maltratei violentamente um cachorro, mas você matou formigas. Você não tem moral. -Eu roubei um banco. Você não pediu recibo para o médico. Você não tem moral -Eu cometi o crime de injúria de etnia. mas você é contra as cotas. Você não tem moral -Eu usei e comercializei drogas. Mas você fumou um cigarro/ Tomou uma cerveja/deu esmola na sinaleira para um cara que bem que pode ser um drogado. Você não tem moral. -Eu abortei, m