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Mostrando postagens de junho, 2016

Porquê

A matéria informava sobre um festival de música. Mas o que chamou a atenção foi o recorte: abordava pessoas que estavam lá sem saber exatamente o porquê . Alguns dos entrevistados diziam que não conheciam os artistas, mas estavam aproveitando para curtir. Uma das falas: “Não gosto de música eletrônica, não conheço, mas aqui é lindo e já fiz vários snaps e fotos",  Levando isso para a vida como um todo – estamos aqui por quê? Para tirar fotos, para curtir? Mal sabemos o que está acontecendo? Bem, esta pode ser uma das alternativas de passagem pela vida. Curtir a ignorância enquanto se tira fotos e se toma champanhe. Mesmo quem não tem tanto dinheiro assim pode passar a vida apenas existindo e verificando a próxima atualização da rede social. Mas precisamos ficar atentos, Nem tudo na vida é festa. E nem tudo acaba em música. Pode acabar bem mal. E não poderemos alegar ignorância. É por isso que Jesus Cristo oferece a festa da fé, a vida com paz e sentido  Ela n

Precisamos

Uma das características humanas evidentes nas redes sociais é o moralismo engajado. A nossa timeline está cheia de receitas, fórmulas e soluções para fazer o mundo ficar melhor, para as pessoas se comportarem bem e para combater os 'ismos' e 'fobias' dos outros. Por outro lado, o próprio moralista engajado já é uma pessoa consciente o suficiente e já sabe fazer uso correto dos meios, das formas, das palavras. É do bem, só fala com coerência, respeita os animais, é contundente e preciso, e fala a verdade doa a quem doer. Porque, você sabe... são sempre os outros que precisam de conselhos... Mas a verdade é que somos todos nós que precisamos de perdão. Perdão oferecido, doado, gratuito. Sem ser condicionado a regras de bom comportamento ou condições moralistas(porque, neste caso, ninguém receberia). Ao alcance da mão – ou melhor, do coração. Oferecido por Quem foi moralmente perfeito para que destruir o nosso moralismo e fazer de nossas ações resultados de

Estupro - cultural ou individual?

  O termo “cultura do estupro” mais atrapalha do que ajuda. O alerta vem da RAINN (organização nos Estados Unidos que se traduz como Rede Nacional de Assistência à Vítimas de Estupro, Abuso e Incesto) . A RAINN, num documento à Casa Branca em 2004, sugere que “nos últimos anos, tem havido uma infeliz tendência em acusar a ‘cultura do estupro’ pelo extensivo problema de violência sexual”. “É importante”, diz o texto, “não perder a noção de um fato simples: estupro é causado não por fatores culturais, mas por decisões conscientes, de uma pequena porcentagem da comunidade em cometer um crime violento”. O termo foi criado pelo movimento feminista, EUA, nos anos 70, a fim de defender que o estuprador pratica a violência sexual por culpa do contexto cultural onde a mulher sempre foi desvalorizada. O assunto é polêmico quando nos últimos dias ouvimos bastante a palavra “cultura” para explicar o caso da jovem violentada por vários rapazes no Rio de Janeiro.   Não há dúvida